Com muitas alegrias e paz!!

Carta DE PERO VAZ DE CAMINHA


A Carta de Pero Vaz de Caminha

Leitura organizada da Carta, a partir da estrutura do texto:
Posto que o Capitão-mor dessa Vossa Frota, assim como os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a notícia do achamento dessa Vossa terra nova que agora nesta navegação se achou, não deixarei de também dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que - para o bem contar e falar - o saiba fazer pior que todos.
Entretanto, tome Vossa Alteza minha ignorância por boa vontade, a qual bem certo creia que, para aformosear nem afear, aqui não se há de pôr mais do que aquilo que vi e me pareceu.
 Nos dois primeiros parágrafos de sua carta, Caminha explica seu objetivo com ela: dar conta ao rei do ocorrido, sendo fiel aos fatos, sem acrescentar ou tirar nada.
- Nos 3 parágrafos seguintes, o autor relata brevemente o desenrolar da viagem até que, a partir do sexto parágrafo, começa efetivamente o relato do descobrimento e da exploração do Brasil.
Da marinhagem e das singraduras do caminho não darei aqui conta a Vossa Majestade - porque não saberei fazer e os pilotos devem ter este cuidado - e portanto, Senhor, do que hei de falar começo e digo. Que a partida de Belém foi como Vossa Alteza sabe, segunda- feira, 9 de março.
- Os dois parágrafos que vêm a seguir tratam dos primeiros sinais de terra e da primeira vista de terra que tiveram: o Monte Pascoal.
E na quarta-feira seguinte, pela manhã (22 de abril de 1500), topamos aves a que chamam fura-buchos e, neste mesmo dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra. A saber, primeiramente, de um grande monte, muito alto e redondo e de outras serras mais baixas ao sul dele e de terra chã, com grandes arvoredos; ao qual monte alto o Capitão pôs o nome de Monte Pascoal e, à terra, Terra de Vera Cruz.
- Deste ponto, em diante, Caminha começa a descrever a população local, os índios, e seus primeiros contatos com os portugueses.
Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas, traziam arcos nas mãos e suas setas. Vinham todos rijos em direção ao batel e Nicolau Coelho fez sinal para que pousassem os arcos, e eles pousaram. Ali não pode deles haver fala nem entendimento que aproveitasse, por o mar quebrar na costa. Somente lhes deu um barrete e uma carapuça de linho que levava na cabeça e um sombreiro preto. E um deles lhe deu um sombreiro de penas de aves, compridas, com uma copazinha pequena de penas vermelhas e pardas como de papagaio, e outro lhe deu um ramal grande de continhas brancas, miúdas, que querem parecer de algaveira, as quais peças creio que o Capitão manda a Vossa Alteza.
- Para, em seguida, contar um pouco das primeiras explorações da terra recém descoberta.
- Ocupa dois parágrafos para descrever os índios com mais detalhes.
A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus sem nenhuma cobertura. Não fazem caso de cobrir ou mostrar suas vergonhas. E o fazem com tanta inocência como mostram o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos por eles ossos brancos verdadeiros do comprimento de uma mão travessa, e da grossura de um fuso de algodão, agudo na ponta como um furador. Metem-nos pela parte de dentro do beiço e a parte que lhes fica entre o beiço e os dentes é feito como roque-de-xadrez. E de tal maneira o trazem ali encaixado que não magoa nem lhes estorva a fala, nem comer, nem beber.
- Os próximos parágrafos falam sobre o comportamento dos nativos quando do contato com os brancos.
Acenderam tochas e eles entraram e não fizeram nenhuma menção de cortesia, nem de falar ao Capitão nem a ninguém. Porém um deles pôs olho no colar do Capitão a acenar com a mão para a terra, e depois para o colar, como que nos dizendo que havia em terra ouro. E também viu um castiçal de prata e assim mesmo acenava para a terra e então para o castiçal como que havia lá também prata.
Mostraram-lhes um papagaio pardo que o Capitão traz consigo. Tomaram-no logo nas mãos e acenaram para a terra como que dizendo haver deles ali.
Mostraram-lhes um carneiro e não fizeram caso dele.
Mostraram-lhes uma galinha, quase tiveram medo dela e não lhe queriam por a mão, depois a tomaram mas como espantados.
Deram-lhes ali de comer: pão e pescado cozido, confeitos, fartéis, mel e figos passados. Não quiseram comer daquilo quase nada; e se provavam alguma coisa, logo lançavam fora.
Trouxeram-lhes vinho em uma taça; mal lhe puseram à boca só de passagem, não gostaram nada dele, nem quiseram mais.
- Caminha conta, a seguir, sobre animais comestíveis encontrados na nova terra.
- Prossegue se ocupando dos vegetais comestíveis encontrados.
- Descreve as casas dos nativos e trata um pouco de sua alimentação e hábitos.
Eles não lavram, nem criam, nem há aqui boi nem vaca, nem cabra, nem ovelha, nem galinha, nem nenhuma outra alimária que seja acostumada ao viver dos homens. Nem comem senão desse inhame que aqui há muito e dessa semente e frutos que a terra e as árvores de si lançam. E com isto andam tais e tão rijos e tão nédios, o que não somos nós tanto com quanto comemos de trigo e legumes.
Enquanto ali neste dia andaram sempre ao som de um nosso tamboril, dançaram e bailaram conosco. De maneira que são muito mais nossos amigos que nós seus.
- Relata o que viu da fauna local
Enquanto andávamos nessa mata a cortar lenha, atravessavam alguns papagaios por essas árvores, deles verdes e outros pardos, grandes e pequenos, de maneira que me parece que haverá nesta terra muitos, mas eu não veria mais que até nove ou dez. Outras aves então não vimos, somente algumas pombas seixas e pareceram-me maiores em boa quantidade que as de Portugal. Alguns diziam que viram rolas mas eu não as vi. Mas, segundo os arvoredos serem mui muitos e grandes de infindas espécies, não duvido que por esse sertão haja muitas aves.
- Perto de terminar, Caminha faz uma conclusão bem otimista.
Nela, até agora, não podemos saber que haja ouro, nem prata, nem nenhuma coisa de metal, nem ferro lho vimos. Mas, a terra em si, é de muitos bons ares, frios e temperados como os de Entre-Doiro e Minho, porque neste tempo de agora, assim os achávamos, como os de lá. Águas são muitas, infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem.
Mas, o melhor fruto que nela se pode fazer, me parece, que será salvar esta gente, e esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza nela deve lançar.
- Aproveita para pedir um favorzinho.
E nesta maneira, Senhor, dou aqui a Vossa Alteza conta do que nesta vossa terra vi e, se algum pouco me alonguei, Ela me perdoe. Cá o desejo que tinha de tudo vos dizer mo fez assim pôr, pelo medo. E pois que, Senhor, é certo que assim neste cargo que levo como em outra qualquer coisa que de vosso serviço for, Vossa Alteza há de ser de mim muito bem servida.
A Ela peço que, por me fazer singular mercê, mande vir da Ilha de S. Tomé, Jorge de Osório, meu genro, o que d'Ela receberei em muita mercê.
Beijo as mãos de Vossa Alteza.
Deste porto seguro da vossa Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio de 1500.
Pero Vaz de Caminha.
Retirado do Blog LÍNGUA PORTUGUESA NO  ENEM

A Carta de Caminha, de Pero Vaz de Caminha

1. (UFMG) Com base na leitura da Carta, de Pero Vaz de Caminha, é INCORRETO afirmar que esse texto:
(A) se filia ao gênero da literatura de viagem.
(B) aborda seu próprio contexto de produção.
(C) usa registro coloquial em estilo cerimonioso.
(D) se compõe de narração, descrição e dissertação.

2. (POLI) "Duas relíquias históricas produzidas no Brasil, foram trazidas para exibição na Mostra do Redescobrimento, em São Paulo: o manto tupinambá e a carta de Pero Vaz de Caminha." (Folha de São Paulo, 11 de maio de 2000.)

A carta de Pero Vaz de Caminha, sobre o achamento do Brasil, enviada a El-Rei Dom Manuel é a principal manifestação literária do Quinhentismo, movimento literário brasileiro do século XVI. Tendo em vista o seu teor, podemos afirmar que os visitantes da Mostra do Redescobrimento, ao se depararem com tal texto, conseguiriam através dele:

(A) resgatar valores e conceitos sociais brasileiros. 
(B) descobrir a história brasileira pela arte. 
(C) ter mais informações sobre a arte brasileira. 
(D) ver a cultura indígena brasileira. 
(E) perceber o interesse português em explorar a nova terra. 

3. (UFPEL) O texto a seguir servirá de base para a próxima questão.

Pero Vaz de Caminha, referindo-se aos indígenas escreveu:

“E naquilo sempre mais me convenço que são como aves ou animais montesinhos, aos quais faz o ar melhor pena e melhor cabelo que aos mansos, porque os seus corpos são tão limpos, tão gordos e formosos, a não mais poder.” […]
“Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo cristãos, visto que não têm nem entendem crença alguma, segundo as aparências. E, portanto, se os degredados que aqui hão de ficar aprenderem bem a sua fala e eles a nossa, não duvido que eles, segundo a santa tenção de Vossa Alteza, se farão cristãos e hão de crer na nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga, porque certamente esta gente é boa e de bela simplicidade. E imprimir-se-á facilmente neles todo e qualquer cunho que lhes quiserem dar, uma vez que Nosso Senhor lhes deu bons corpos e bons rostos, como a homens bons. E o fato de Ele nos haver até aqui trazido, creio que não o foi sem causa. E portanto, Vossa Alteza, que tanto deseja acrescentar à santa fé católica, deve cuidar da salvação deles. E aprazerá Deus que com pouco trabalho seja assim.” […]
“Eles não lavram nem criam. Não há aqui boi ou vaca, cabra, ovelha ou galinha, ou qualquer outro animal que esteja acostumado ao convívio com o homem. E não comem senão deste inhame, de que aqui há muito, e dessas sementes e frutos que a terra e as árvores de si deitam. E com isto andam tais e tão rijos e tão nédios que o não somos nós tanto, com quanto trigo e legumes comemos.”

CASTRO, Silvio. A carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre: L&PM, 1996.

De acordo com o texto e seus conhecimentos, marque a alternativa correta:

(A) Caminha, numa visão eurocentrista, exalta a cultura do “descobridor”, menosprezando todos os aspectos referentes ao modo de vida dos nativos, por exemplo, a não exploração daqueles mamíferos placentários exóticos, citados na carta, introduzidos no Brasil quando da colonização.
(B) Caminha realiza, através de farta adjetivação, descrições botânicas minuciosas acerca da flora da nova terra, destacando o tipo de alimentação do europeu — rica em vitaminas e sais minerais — em contraposição à indígena, que é rica em lipídios.
(C) A religiosidade está presente ao longo do texto, quando se constata que o emissor, tendo em mente a conversão dos índios à “santa fé católica” — pretensão dos europeus conquistadores —, ressalta positivamente a existência de crenças animistas entre os nativos.
(D) Na carta de Pero Vaz de Caminha, que apresenta linguagem formal, por ser o rei português o destinatário, há forte preocupação com aspectos da necessária conversão dos índios ao catolicismo, no contexto de crise religiosa na Europa.
(E) Ao realizar concomitantemente a narração e a descrição dos hábitos dos nativos, o remetente destaca informações não só do habitat como dos usos e costumes indígenas, exaltando o cultivo das plantas de lavouras e dos pomares.
4. (UFLA) Leia o texto a seguir para responder à questão.

CARTA DE PERO VAZ

A terra é mui graciosa,
Tão fértil eu nunca vi.
A gente vai passear,
No chão espeta um caniço,
No dia seguinte nasce
Bengala de castão de oiro.
Tem goiabas, melancias.
Banana que nem chuchu.
Quanto aos bichos, tem-nos muitos.
De plumagens mui vistosas.
Tem macaco até demais.
Diamantes tem à vontade,
Esmeralda é para os trouxas.
Reforçai, Senhor, a arca.
Cruzados não faltarão,
Vossa perna encanareis,
Salvo o devido respeito.
Ficarei muito saudoso
Se for embora d'aqui.

(Murilo Mendes)

castão - remate superior de uma bengala;
cruzado - antiga moeda portuguesa;
vossa perna encanareis - a expressão quer dizer que o rei "estava mal das pernas", isto é, sem dinheiro, "quebrado". As riquezas do Brasil poderão tirá-lo dessa situação.

Há nesse texto uma sátira à expressão "dar-se-á nela tudo", contida na Carta de Caminha. Marque a alternativa que confirma essa tendência.

(A) "Tem goiabas, melancias
Banana que nem chuchu."


(B) ( ... )
"No chão espeta um caniço,
No dia seguinte nasce
Bengala de castão de oiro."


(C) "A terra é mui graciosa
Tão fértil eu nunca vi."


(D) "Quanto aos bichos, tem-nos muitos
De plumagens mui vistosas.
Tem macaco até demais."


(E) "Diamantes tem à vontade,
Esmeralda é para os trouxas.
Reforçai, Senhor, a arca.


5. (UFF) Assinale o fragmento que representa uma retomada modernista da carta de Pero Vaz de Caminha; 
(A) "O Novo Mundo nos músculos / Sente a seiva do porvir." (Castro Alves)
(B) "Minha terra tem palmeiras, / Onde canta o sabiá"(Gonçalves Dias)
(C) "A terra é mui graciosa / Tão fértil eu nunca vi."(Murilo Mendes)
(D) "Irás a divertir-te na floresta, / sustentada,Marília, no meu braço"(Tomás Antônio Gonzaga)
(E) "Todos cantam sua terra / Também vou cantar aminha" (Casimiro de Abreu)

6. (UFLA) Leia o texto para responder à questão.

ESTA TERRA É MUITO FORMOSA 

Esta terra, Senhor, me parece que da ponta que mais contra o sul vimos até outra ponta que contra o norte vem, de que nós deste porto houvemos vista1, será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte cinco léguas por costa. Tem, ao longo do mar, nalgumas partes, grandes barreiras, delas vermelhas, delas2 brancas; e a terra por cima toda chã3 e muito cheia de grandes arvoredos. De ponta a ponta, é tudo praia-palma4, muito chã e muito formosa.
Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa.
Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares, assim frios e temperados, como os de Entre-Douro e Minho
5, porque neste tempo de agora os achávamos como os de lá.
Águas são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem.
Porém o melhor fruto, que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar.
E que não houvesse mais que ter aqui esta pousada para esta navegação de Calecute
6, isso bastaria. Quanto mais disposição para se nela cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento7, da nossa santa fé.
(In Jaime Cortesão, org. A Carta de Pero Vaz de Caminha, p.239)

1 houvemos vista: pudemos ver
2 delas... delas: umas... outras
3 chã: plana
4 praia-palma: segundo J. Cortesão, pode significar "toda praia, como a palma, muito chã e muito formosa"
5 Minho: nome de uma região de Portugal
6 Calecute: cidade da Índia para onde se dirigiam os portugueses
7 acrescentamento: difusão, expansão

Embora tenha caráter informativo e descritivo, a Carta possui características quase sempre fantasiosas. Indique a causa de o Novo Mundo ter sido posto à altura da lenda do paraíso perdido:

(A) O escrivão criou uma discussão histórica em torno da intencionalidade ou não da conquista de Cabral.
(B) No esforço de catalogar a vegetação, o clima, o autor passeia pela geografia, botânica, zoologia, de maneira vaga.
(C) Caminha se revela um mestre na fixação de pormenores; é inegável sua fluência literária.
(D) A produção informativa constitui a primeira visão da terra virgem, intocada pela civilização estranha. A terra, para ele, era fértil e abençoada por Deus.
(E) O autor limitou-se a escrever um registro impessoal, marcado pela intenção de informar, apesar do tom ufanista do texto.

7. (UFLA) Leia o texto para responder à questão.

ESTA TERRA É MUITO FORMOSA 

Esta terra, Senhor, me parece que da ponta que mais contra o sul vimos até outra ponta que contra o norte vem, de que nós deste porto houvemos vista1, será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte cinco léguas por costa. Tem, ao longo do mar, nalgumas partes, grandes barreiras, delas vermelhas, delas2 brancas; e a terra por cima toda chã3 e muito cheia de grandes arvoredos. De ponta a ponta, é tudo praia-palma4, muito chã e muito formosa.
Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa.
Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares, assim frios e temperados, como os de Entre-Douro e Minho
5, porque neste tempo de agora os achávamos como os de lá.
Águas são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem.
Porém o melhor fruto, que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar.
E que não houvesse mais que ter aqui esta pousada para esta navegação de Calecute
6, isso bastaria. Quanto mais disposição para se nela cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento7, da nossa santa fé.
(In Jaime Cortesão, org. A Carta de Pero Vaz de Caminha, p.239)

1 houvemos vista: pudemos ver
2 delas... delas: umas... outras
3 chã: plana
4 praia-palma: segundo J. Cortesão, pode significar "toda praia, como a palma, muito chã e muito formosa"
5 Minho: nome de uma região de Portugal
6 Calecute: cidade da Índia para onde se dirigiam os portugueses
7 acrescentamento: difusão, expansão

A Carta é considerada a "certidão de nascimento" do Brasil porque

(A) contém as primeiras informações oficiais sobre o Brasil.
(B) marca o início da literatura brasileira.
(C) foi escrita nos primórdios do descobrimento.
(D) denota inegável fluência literária de seu autor.
(E) as descrições constituem informações precisas do lugar.

8. (UFLA) O sentimento ufanista relacionado à fertilidade do solo brasileiro, presente na Carta de Caminha, difere do entusiasmo em relação aos resultados atuais da agricultura, porque um e outro baseiam-se em

Século XVISéculo XXI
(A)engrandecimentootimismo
(B)imaginaçãoaudácia
(C)exaltaçãoconvicção
(D)idealizaçãoprecisão
(E)romantismoexpectativa

SITE WWW.PASSEIWEB.COM